Micobacteriose em cães. Relato de casos em São Paulo - Brasil
Eduardo Larsson, CarlosSchwery Michalany, NilceoRegina Pinheiro, SoniaLuiza Basso Penteado Ledon, AnaArruda Vasconcellos, Silvio
Na clínica dermatológica veterinária por vezes atendem-se carnívoros domésticos com lesões ulceradas de evolução prolongada e, geralmente, rebeldes à terapia usual, que podem ser originárias de infecções por micobactérias do gênero Mycobacterium. Pela escassez de descrições na bibliografia brasileira, pelo inusitado das lesões e pela resposta à terapia preconizada, descrevem-se dois casos de micobacteriose em caninos atendidos na FMVZ/USP. As cadelas (Pastor Alemão, Doberman), adultas, apresentavam lesões ulceradas graves, nas faces posteriores dos pavilhões auriculares, de aspecto granulomatoso, exsudativas, recobertas por crostas hemorrágicas. Inexistiam linfoadenomegalia satélite e tampouco sintomas nos demais sistemas orgânicos. Complementaram-se os exames físico, hematológico e radiológico por curetagem das lesões e biópsias de pele que foram então submetidas a exames histopatológico, bacteriológico (direto: técnicas de Holst-Mitchinson e Radhakrishna, Ziehl-Neelsen); cultivo (meios de Lowenstein-Jensen e de Stonebrink & Leslie), em diferentes temperaturas; teste de tuberculina (PPD mamífero e aviário). Demonstrou-se, na bacterioscopia e na histopatologia, a presença de bacilos ácido-álcool resistentes que não cresceram nos meios de cultivo convencionais, mesmo quando submetidos a várias temperaturas distintas, bem como quadro tecidual piogranulomatoso típico. Após a i
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