VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 129-135

Investigação sobre a presença de leptospiras nos ovários de hamsters experimentalmente infectados com Leptospiras interrogans sorotipo pomona

Roberto de Almeida Camargo, ClaudioArruda Vasconcellos, SilvioNürmberger Júnior, Rodolfode Camargo Passos, EstevãoMaria de Morais, ZenaídeAntonio Visintin, José

De 90 hamsters primíparas com 80 a 120 gramas de peso vivo, 75 foram inoculadas com a dose individual de 0,5 ml de estirpe virulenta do sorotipo pomona (30 a 40 leptospiras ativas por campo microscópico, no aumento de 200 vezes) e as 15 remanescentes constituíram o grupo testemunho não infectado. Todos os animais tratados com leptospiras apresentaram os sinais da infecção (prostração, taquipnéia, eriçamento do pelame, icterícia e hemorragias nasal, bucal e perineal) e foram sacrificados por ocasião da fase agônica da doença, situada entre o quarto e o sétimo dia da inoculação. Nesta oportunidade, os ovários foram colhidos em condições assépticas e submetidos à técnica de visualização de leptospiras (exame direto em microscopia de campo escuro, coloração argêntica de Levaditi e reação de imunofluorescência direta), cultivo em meio de Fletcher e exame histopatológico (coloração de hematoxilina e eosina). A ocorrência de uma possível contaminação estabelecida durante a retirada dos ovários foi investigada através da lavagem em solução salina tamponada estéril. As leptospiras foram demonstradas em todos os ovários do grupo de animais experimentalmente inoculados (lavados e não lavados), através da coloração de Levaditi, reação imunofluorescência direta e também no cultivo em meio de Fletcher. O exame direto em microscopia de campo escuro mostrou ser uma técnica muito pouco sensível

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