Epidemiologically relevant antimicrobial resistance phenotypes in pathogens isolated from critically ill patients in a Brazilian Universitary Hospital
Henriques de Carvalho, RodolfoP. Gontijo Filho, Paulo
A resistência aos antimicrobianos é uma ameaça a saúde pública mundial e está associada a uma maior mortalidade e morbidade. Apesar dos vastos conhecimentos sobre este problema, a resistência aos antibióticos continua a emergir, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência de fenótipos de resistência epidemiologicamente importantes em patógenos isolados de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), infecções de corrente sangüínea (ICS) e de infecções de trato urinário (UTI) nos pacientes atendidos na unidade de terapia intensiva de adultos (UTIA) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, durante o período de um ano. Adicionalmente, no período do estudo, foi analisado o consumo de antibióticos na UTIA. Staphylococcus spp coagulase negativo e S. aureus foram os principais agentes de ICS (43,9%), com 60,0% de resistência à oxacilina em ambos os microrganismos. O grupo Klebsiella-Enterobacter predominou nas ITU (23,4%), com resistência às cefalosporinas de terceira geração em 58,0% dos isolados; e, Pseudomonas aeruginosa nas PAV (42,0%), com 72,0% de resistência ao imipenem. As cefalosporinas (49,6%), vancomicina (37,4%) e os carbapenêmicos (26,6%) foram os antibióticos mais prescritos na unidade. A comparação dos resultados com publicações do programa NNIS evidenciou uma pior situação no hospital estudado, especialmente entre os Gram-negativos, que ultrapassaram o percentil 90% elaborado por este programa. De acordo com os resultados apresentados neste estudo, uma revisão do uso empírico de antibióticos e da prevenção e controle de infecções hospitalares é recomendada.
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