Sensibilidade a antibióticos e prevalência de Streptococcus do grupo B em mulheres grávidas em Missiones, Argentina
Quiroga, MPegels, EOviedo, PPereyra, EVergara, M
Esse estudo objetivou determinar os padrões de sensibilidade a antibióticos e as taxas de colonização de Streptococcus do grupo B (GBS) em uma população de mulheres grávidas. Entre janeiro de 2004 e dezembro de 2006, foram obtidos swabs vaginais-retais de 1105 mulheres no Hospital Dr. Ramon Madariaga, em Posadas, Missiones, Argentina. A positividade para GBS nas mulheres grávidas foi 7,6 por cento. Um total de 62 cepas de GBS foi selecionado ao acaso para testes in vitro de sensibilidade a penicilina G, ampicilina, tetraciclina, levofloxacina, gatifloxacina, ciprofloxacina, quinupristina-dalfopristina, linezolida, vancomicina, rifampicina, trimetoprim-sulfametoxazol, nitrofurantoína, gentamicina, clindamicina e eritromicina, e determinação dos fenótipos de resistência. Não foi encontrada resistência à penicilina, ampicilina, quinupristina-dalfopristina, linezolida e vancomicina. Entre as cepas, 96,8 por cento, 98,3 por cento, 46,8 por cento e 29,0 por cento foram sensíveis à rifampicina, nitrofurantoína, trimetoprim-sulfametoxazol e tetraciclina, respectivamente. Para as quinolonas, a ordem de sensibilidade foi: gatifloxacina (98,4 por cento) > levofloxacina (93,8 por cento) > ciprofloxacina (64,5 por cento). A taxa de resistência à eritromicina (9,7 por cento) foi superior a de outros relatos na Argentina. Nenhuma das cepas apresentou alto nível de resistência à gentamicina. Devido a 50 por cento das cepas de GBS terem apresentado MIC para gentamicina igual ou inferior a 8 mg/ml, correspondente à concentração usada em um dos meios seletivos recomendados para GBS, sugeriu-se ao menos em nossa população, o emprego de ácido nalidíxico e colistina em meios seletivos para melhorar a sensibilidade da triagem de culturas para GBS em mulheres grávidas.
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