An outbreak of Streptococcus dysgalactiae subsp equisimilis in a hospital in the south of Brazil
Torres, Rosângela Stadnick Lauth de AlmeidaPaula, Cristiane Coimbra dePilonetto, MarceloFontana, Christine KrawiecMinozzo, João CarlosTorres, Rafael de Almeida
O estreptococo beta-hemolítico do grupo C de Lancefield tem sido considerado patógeno humano emergente, mostrando importante papel como agente oportunista, implicado algumas vezes em infecções hospitalares e surtos. Este estudo está relatando o primeiro surto de infecção hospitalar causado pelos Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis no Brasil. De janeiro de 2002 a dezembro de 2004, isolou-se S. equisimilis em 67/207 (32,37 por cento) das amostras de secreções de lesões de feridas coletadas de pacientes internados no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (HDSPR). A prevalência deste microrganismo aumentou de 11/42 (26,19 por cento) em 2002, 14/65 (21,54 por cento) em 2003 para 42/100 (42,00 por cento) em 2004. Este aumento foi estatisticamente significante (p=0.024), tornando este microrganismo o mais freqüentemente isolado nos pacientes, ultrapassando as taxas de isolamento de Pseudomonas aeruginosa. Em seis amostras (2,9 por cento) entre as 207 examinadas, S. equisimilis cresceu em cultivo puro, como único microrganismo. Também foram examinadas fezes frescas de 15 animais (cavalos e ovelhas) que vivem nas proximidades do hospital, e três amostras foram positivas para S. equisimilis. O perfil bioquímico encontrado entre os isolados dos pacientes foi o mesmo encontrado entre os isolados das fezes dos animais. Acredita-se que estes animais possam ter sido a fonte de disseminação do surto no hospital. Novos estudos serão necessários para confirmar o relacionamento genético entre os isolados dos pacientes e animais.
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