Detection of leptospires in clinically healthy piglets born from sows experimentally infected with Leptospira interrogans serovar Canicola
Rafael M. Soto, FranciscoSantos de Azevedo, SérgioMaria de Morais, ZenaideRegina Pinheiro, SôniaCléia B. Delbem, ÁdinaMicke Moreno, AndréaPaixão, RenataR. Vuaden, ErleteArruda Vasconcellos, Sílvio
A Leptospirose é uma importante zoonose que causa transtornos reprodutivos em suínos. O isolamento de leptospiras de fetos abortados, natimortos e leitões fracos foi obtido em várias ocasiões, porém, a bactéria nunca foi isolada de leitões aparentemente saudáveis nascidos de matrizes com infecção subclínica. Seis matrizes da raça Landrace com data de serviço conhecida e gravidez confirmada por ultrasonografia foram infectadas entre 76 e 90 dias de gestação por via intravenosa com 5 ml de inóculo de Leptospira interrogans sorovar Canicola, e uma semana após o parto, pelo menos um leitão por matriz foi eutanaziado e foram colhidas amostras de fígado, rins, pulmões, coração, baço e conteúdo gástrico para exame por PCR. Transtornos reprodutivos ou qualquer sinal clínico de infecção não foram observados nas matrizes inoculadas. Os leitões nascidos destes animais não apresentaram sinais clínicos ou lesões macroscópicas que poderiam ser atribuídos à leptospirose. Todas as matrizes inoculadas apresentaram anticorpos anti-leptospiras no teste de soroaglutinação microscópica (MAT) nas amostras de soros colhidas após a inoculação, e não foram encontradas leptospiras na urina como também não foram detectadas pela PCR aplicada neste material, porém, a PCR realizada em rins e fígado de uma matriz eutanaziada apresentou resultado positivo. Dos 12 leitões eutanaziados, 10 (83,3%) apresentaram resultados positivos na PCR em pelo menos uma das amostras de rim, fígado, coração, baço, pulmão e conteúdo gástrico. O presente estudo relata a transmissão vertical da infecção e a detecção de leptospiras em leitões clinicamente saudáveis nascidos de matrizes infectadas experimentalmente, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, pois a manutenção de animais com infecção subclínica pode permitir a persistência da bactéria no rebanho, expondo outros animais ao risco de infecção.
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