Microbiological quality of oysters (Crassostrea gigas) produced and commercialized in the coastal region of Florianópolis - Brazil
Anderson Pereira, MuriloMenezes Nunes, MárciaNuernberg, LeonardoSchulz, DenysRosana Vieira Batista, Cleide
A ostra é um filtrador capaz de ingerir partículas em suspensão, as quais podem carrear microrganismos patogênicos. Desta forma, o hábito de consumir ostras cruas pode causar toxinfecções alimentares em humanos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de ostras da espécie Crassostrea gigas cultivadas e comercializadas na região litorânea de Florianópolis, através da contagem de coliformes a 35ºC e 45ºC, Escherichia coli e estafilococos coagulase positiva e da pesquisa de Salmonella sp, Víbrio cholerae e Víbrio parahaemolyticus. Foram analisadas 90 (noventa) amostras das quais 45 foram coletadas em estabelecimentos comerciais destinados à venda de frutos do mar e 45 coletadas diretamente do local de cultivo. Todas as análises foram realizadas de acordo com métodos da American Public Health Association. Vibrio cholerae, Víbrio parahaemolyticus e Salmonella sp. não foram encontrados em nenhuma das amostras. Apenas uma amostra apresentou 80 UFC/g de estafilococos coagulase positiva, as demais amostras apresentaram 10 UFC/g. Com o resultado das contagens de coliformes a 35ºC e a 45ºC, evidencia-se contaminação tanto no local de cultivo quanto no local de venda. Escherichia coli foi encontrada em 4 (9 %) das amostras provenientes do local de cultivo e em 16 (35,5 %) amostras coletadas nos estabelecimentos comerciais. Estes resultados indicam a necessidade de se monitorar a qualidade de ostras cruas, com a implantação de programas de boas práticas de manipulação e manejo dos moluscos.
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