Detection of poliovirus type 2 in oysters by using cell culture and RT-PCR
E.B. Vinatea, CecíliaC.M. Sincero, ThaísM.O. Simões, ClaúdiaR.M. Barardi, Célia
Devido ao hábito alimentar filtrante, os moluscos bivalves são contaminados por vírus presentes em águas contaminadas por esgoto. Os enterovírus são geralmente usados como modelos para a detecção de vírus em moluscos bivalves devido a sua importância em saúde pública. No presente estudo, ostras foram colocadas em aquários de vidro contendo água do mar adicionada de algas unicelulares. Dois tipos de experimentos foram realizados: a) ostras bioacumulando quatro diferentes concentrações de poliovírus: 5 x 10(4), 2,5 x 10(4), 5 x 10³, 5 x 10² PFU/mL durante 20h; b) tecidos de ostras inoculados diretamente com 6,0 x 10(5) e 1,0 x 10(5) PFU/mL. Após a semeadura, os tecidos foram processados por um método de adsorção-eluição-precipitação. Controles positivos foram realizados por inoculação de 6,0 x 10(5) PFU/mL de poliovírus diretamente nos tecidos processados das ostras. Os extratos teciduais foram testados para presença do vírus por ensaios de placa de lise (PFU), RT-PCR e cultura celular integrada ao PCR (ICC/PCR). Este último consistiu na inoculação das amostras sobre monocamadas de células VERO seguida de RT-PCR do fluido celular infeccioso. No primeiro experimento (ensaio de bioacumulação por 20h), foram detectados até 5 x 10³ PFU de poliovírus, após 24 e 48h de replicação nas células. Os ensaios de RT-PCR e ICC/PCR foram capazes de detectar 3 e 0,04 PFU de poliovírus, respectivamente nos ensaios de bioacumulação. Quando os extratos teciduais processados foram semeados, os ensaios de placa de lise demonstraram recuperação de vírus infecciosos em todas as concentrações testadas. Pudemos concluir que partículas viáveis de poliovírus podem ser detectadas em ostras após bioacumulação e que estas técnicas podem ser diretamente aplicadas na detecção de vírus em amostras ambientais.
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