Identidade de Crassostrea praia () e outras ostras do Rio Grande do Sul, Brasil
Ferreira, J. P. R.Gomes, C. H. A. M.Freire, T. B.Scaranto, B. M. S.Zacchi, F. L.Melo, C. M. R.
Resumo O estudo teve como objetivo identificar espécies do gênero Crassostrea do Rio Grande do Sul, além de rastrear a identidade de C. praia, uma espécie reconhecida sob preceitos conchológicos ou distributivos de espécies de ostras nativas que ocorrem em um gradiente ecológico além da vegetação de mangue. Para isso, ostras foram coletadas na região mais ao sul do Brasil (RS) para a identificação morfológica e molecular de C. praia. Os espécimes foram identificados a partir de análises de PCR-RFLP diagnóstico e sequenciamento do gene do rDNA mitocondrial 16S. Com base na identificação molecular dos espécimes, foi feita uma avaliação anatômica comparativa envolvendo os tamanhos do manto e dos palpos labiais, as formas do coração acessório, do coração, e do ânus, e o padrão dos tentáculos no borda do manto. Os resultados moleculares mostraram a presença de duas espécies no RS: C. rhizophorae e C. gasar, sendo a última uma nova ocorrência para regiões além da vegetação de mangue. C. praia provou ser conespecífico com C. rhizophorae, sendo seu sinônimo. Os dados relacionados à anatomia das espécies são plásticos e incapazes de gerar critérios específicos para a correta identificação entre C. gasar e C. rhizophorae. Em relação aos critérios morfológicos das conchas usados para promover a construção da entidade C. praia, eles estão profundamente relacionados às condições ambientais e ao efeito da densidade populacional, uma vez que sua identidade molecular indica que essa espécie é sinônima de C. rhizophorae.
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