Extrato de própolis verde para o tratamento de úlceras superficiais da córnea induzidas por álcalis: análises locais e sistêmicas
Zoca, D. G.Dia, F. G. G.Tavares, D. C.Jorge, A. T.Lovo, J. C.Mela, M. R. S.Junqueira, M. M.Cavallari, P. S. S. R.Cunha, W. R.Januário, A. H.Pauletti, P. M.Santos, F. F.Santos, M. F. C.Silva, M. L. A.
Resumo A própolis verde, produzida por abelhas a partir da resina de certas plantas, tem atraído atenção por seus potenciais benefícios à saúde. A própolis verde contém compostos como a artepillin C, que exibe propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. O objetivo deste estudo foi examinar os efeitos do extrato de própolis verde contendo 21,05% de artepillin C, administrado topicamente (5, 10 e 15 mg/mL) em ratos com úlceras de córnea superficiais induzidas com álcali, aplicado quatro vezes ao dia, por 96 horas. Os ratos tratados com o extrato de própolis verde exibiram redução de úlcera mais significativa após 24 horas de tratamento do que os animais não tratados, sugerindo uma atividade de cura semelhante ao medicamento comercial. Após 96 horas de tratamento, os ratos foram sacrificados e as córneas foram submetidas à análise histopatológica; nenhuma diferença estatística foi detectada entre os ratos tratados com própolis verde e aqueles não tratados em termos de contagens de polimorfonucleares e neovasos no estroma da córnea. Na análise toxicogenética, pelo teste do micronúcleo, não foram observadas diferenças significativas nas frequências de danos cromossômicos e na razão de eritrócitos policromáticos em relação ao número total de eritrócitos entre os animais tratados e não tratados, revelando a ausência de genotoxicidade e citotoxicidade, respectivamente. Os resultados bioquímicos não indicaram efeito hepatotóxico ou nefrotóxico das formulações contendo própolis verde. Assim, o extrato padronizado de própolis verde induziu epitelização corneana sem efeitos tóxicos, tornando-se uma opção promissora para o tratamento de ceratite superficial.
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