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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Estudo entomológico de Flebotomíneos em Maceió (Brasil): análise de 2011-2020

Garcia, F. CSantos, C. F. R. dosSantos, L. dosMiranda, P. R. B. deBassi, Ê. JAnderson, L

Este estudo investigou a distribuição espaço-temporal de flebotomíneos em Maceió, Alagoas, Brasil, ao longo de dez anos (2011-2020). Maceió, capital do Estado de Alagoas, possui clima tropical com disparidades sazonais significativas na precipitação. Dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foram analisados, revelando flutuações nas populações de flebotomíneos em diferentes áreas da cidade. Este estudo identificou 20 espécies de flebótomos, e Lutzomyia longipalpis - vetor da Leishmania infantum, o agente etiológico da leishmaniose visceral - encontrado em 15 áreas de Maceió, e em quase todos os anos do período estudado. As espécies Lu. whitmani e Lu. migonei, envolvidos na epidemiologia das formas cutâneas das leishmanioses, também foram encontrados. Além disso, este estudo reportou cinco espécies de flebótomos encontradas pela primeira vez em Alagoas. Apesar da alta prevalência de flebotomíneos em certas áreas, não foi encontrada correlação entre a abundância de flebotomíneos e fatores climáticos, como temperatura e precipitação. Esses resultados ressaltam a importância da vigilância contínua das leishmanioses, dado o alto índice da doença em Maceió, em comparação a outras cidades de Alagoas. O estudo sugere que outros fatores, além das variáveis climáticas, podem influenciar a distribuição dos flebotomíneos, destacando a necessidade de mais pesquisas. Assim, essa pesquisa oferece insights valiosos sobre a ecologia dos flebotomíneos e as dinâmicas de transmissão de doenças em Maceió, fornecendo uma base para estudos futuros e intervenções de saúde pública.

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