Desenvolvimento e potencial bioativo de nanoemulsão contendo extrato de casca de bacaba
Raiser, A. LHoshino, T. TPrando, W. L. MTorres, M. de P. RDebiasi, B. WCotrim, A. C de MRibeiro, E. BValladão, D. M. S
A bacaba produz frutos ricos em compostos bioativos como flavonoides e antocianinas, os quais desempenham ação antioxidante. O processamento desses frutos gera resíduos, como a casca, que podem ser aproveitados no desenvolvimento de novos produtos. Logo, o objetivo foi desenvolver um novo produto incorporando o extrato da casca de bacaba em sistema nanoemulsionado contendo manteiga de munguba e avaliar a estabilidade, a potencial atividade fagocítica e microbicida e a viabilidade celular. O extrato foi obtido pelo método de ultrassom e foi incorporado ao sistema nanoemulsionado contendo manteiga de munguba. A formulação foi avaliada quanto ao diâmetro das partículas hidrodinâmicas, o índice de polidispersividade, potencial Zeta, ensaios de estabilidade e ensaios biológicos de viabilidade celular e atividades de fagocitose e microbicida. A nanoemulsão desenvolvida mostrou-se instável em alta temperatura (45 ± 2 °C) e frente a radiação luminosa e manteve-se estável em temperatura ambiente e refrigeração durante 90 dias. Nos ensaios biológicos, a formulação mostrou biocompatibilidade, com viabilidade celular em média acima de 90%, além de elevada atividade fagocítica (95%) e microbicida (90%), devido à presença do extrato, sugerindo maior eficiência imunológica. Dessa maneira, destaca-se o potencial do aproveitamento de resíduos ricos em compostos bioativos para o desenvolvimento de produtos nanotecnológicos sustentáveis, com benefícios para a saúde da população.
Texto completo