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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Caracterização das variantes do SARS-CoV-2 associadas a casos de reinfecção em Botucatu, Brasil: um estudo genômico comparativo

Kubo, A. M. SSilveira, R. AFigueiredo, D. B. SUmezawa, L. ATasca, K. IFortaleza, C. M. C. BValente, G. TGrotto, R. M. T

A disseminação global do SARS-CoV-2 desencadeou a pandemia de COVID-19, resultando em um número significativo de mortes. Variantes como B.1.1.7, B.1.351, P.1 e BA.1, caracterizadas por mutações na proteína spike, surgiram devido à pressão imunológica e à falta de mecanismos de reparo. Essas alterações amplificaram a infectividade, aumentando as chances de reinfecção. Incluímos, retrospectivamente, pacientes com dois testes positivos para SARS-CoV-2, detectados por reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa em tempo real, com intervalo de 90 dias ou mais, entre 01 de março de 2020 e 30 de abril de 2022. O sequenciamento do genoma completo do SARS-CoV-2 foi realizado para ambas as infecções, e as variantes foram identificadas utilizando o banco de dados Phylogenetic Assignment of Named Global Outbreak Lineages (Pangolin). Este estudo identificou um total de 254 casos de reinfecções, com 50,8% dos casos causados pelas variantes P.1 e BA.1. Comparado ao cenário estadual, uma menor detecção da variante B.1.617.2 foi observada, destacando a importância da vacinação em massa na cidade de Botucatu, Brasil. No entanto, a maioria das segundas infecções (98,8%) foi identificada durante a onda da BA.1, evidenciando o efeito dos mecanismos adaptativos virais na dinâmica de infecção, mesmo em uma população vacinada. Em conjunto, nossos resultados enfatizam a importância do monitoramento constante e da manutenção das estratégias de prevenção e controle da COVID-19.

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