VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Avaliação da pegada de carbono de fazendas pecuárias em condições tropicais: primeira aproximação

Guamán-Rivera, S. ACarrillo Riofrío, F. MJativa-Brito, M. EChuqui-Puma, L. ESoldado Soldado, G. MCabezas Andrade, L. DSanchez Quispe, H. RCasierra Cardenas, A. AMira Naranjo, J. MSantillán Aguirre, J. PCongo-Yépez, C. D

Este estudo avalia a pegada de carbono (PC) de fazendas pecuárias na Província de Orellana, na Amazônia Equatoriana, com foco nas emissões provenientes da fermentação entérica, manejo de dejetos e uso de energia. Utilizando as metodologias de Nível I e ​​Nível II descritas pelo IPCC (2006), a pesquisa quantifica as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em três tipologias distintas de Unidades Produtivas Agrícolas (UPAs): Sistemas Convencionais (Tipo 1), Uso Eficiente de Recursos (Tipo 2) e Sistemas de Subsistência e Dependência (Tipo 3). Os resultados mostram que a PC média variou de 14,5 a 18,3 kg CO2-eq por kg de peso vivo, com a fermentação entérica representando 60,2% das emissões, seguida pelo manejo de dejetos (25,4%) e uso de energia (14,4%). As fazendas do Tipo 1 demonstraram o maior FC total (2.400 kg CO2-eq/fazenda), principalmente devido aos tamanhos maiores dos rebanhos (9,8 TLU) e práticas menos eficientes. As fazendas do Tipo 2, caracterizadas por pastejo rotacional e melhor uso de recursos, apresentaram FC reduzido de 1.860 kg CO2-eq/fazenda. As fazendas do Tipo 3, embora menores em escala, exibiram um FC de 1.810 kg CO2-eq/fazenda, com maior intensidade de emissões por animal (60,3 kg CO2-eq/animal) em comparação com os Tipos 1 e 2 (53,2 kg CO2-eq/animal em média). Em todas as tipologias, o metano (CH4) da fermentação entérica continua sendo a maior fonte de emissão. Os resultados ressaltam a necessidade crítica de intervenções sustentáveis, como sistemas silvipastoris, para mitigar as emissões de GEE e, ao mesmo tempo, melhorar a produtividade. Esta investigação fornece dados de base para a concepção de estratégias de mitigação específicas para cada região, contribuindo para os esforços globais para reduzir o impacto ambiental da pecuária.

Texto completo