Crescimento e sobrevivência de Betta splendens alimentados com agregados microbianos provenientes da tecnologia de bioflocos ex-situ (BFT)
Stringhetta, G. RPovh, J. ATeixeira, S. ABrasileiro, L. OSpica, L. NSousa, R. MSoares, E. S. MEmerenciano, M. G. CCorrêa-Filho, R. A. C
O beta (Betta splendens) é uma espécie ornamental carnívora que necessita de alimentos vivos. Neste estudo, avaliamos o crescimento e a sobrevivência de alevinos de beta alimentados com bioflocos produzidos ex-situ (BFT). Um total de 375 alevinos (8,3 ± 4,1 mg e 0,8 ± 0,14 cm) foi distribuído em tanques plásticos de 15 L (n=25), com cinco repetições para cada um dos seguintes tratamentos: (i) alimentação viva exclusiva (LF100), (ii) biofloco exclusivo (BFT100), (iii) alimentação viva suplementada com biofloco (LF100-BFT100), e uma redução de 15% (iv) e 30% (v) na alimentação viva com suplementação de biofloco (LF85-BFT100 e LF70-BFT100, respectivamente). Os peixes foram alimentados duas vezes por dia com artemia recém-eclodida (Artemia spp. nauplii) e/ou bioflocos frescos durante um período experimental de 16 dias. A suplementação de BFT (LF100-BFT100, LF85-BFT100 e LF70-BFT100) na dieta de Beta splendens resultou em peso final semelhante à dieta contendo exclusivamente artemia (LF100). Em relação ao comprimento total, os peixes do grupo LF100-BFT100 foram superiores aos do grupo LF100 (P<0,05). Os grupos LF100 e LF100-BFT100 apresentaram taxas de sobrevivência de 100% e 98,4%, respectivamente, as quais não diferiram estatisticamente entre si (P>0,05). Para todas as variáveis analisadas, os peixes alimentados exclusivamente com bioflocos (BFT100) apresentaram desempenho desfavorável. Esses resultados indicam que a suplementação dietética com bioflocos ex-situ, sem redução na oferta de alimento vivo, pode ser uma alternativa interessante no cultivo de Betta splendens, uma vez que o bioflocos melhora o desempenho em crescimento e mantém boa taxa de sobrevivência.
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