Doenças reprodutivas em cutias em cativeiro (Dasyprocta leporina)
Jones, K. RLall, K. RGarcia, G. W
As doenças reprodutivas têm sido bem documentadas em rebanhos domésticos, como ovinos, caprinos, bovinos e suínos. Porém, há muito pouca informação sobre essas doenças na cutia (Dasyprocta leporina). A cutia é usada como carne na América do Sul e no Caribe. Mais recentemente, a criação intensiva desse animal está sendo praticada na região neotropical. Há escassez de informações sobre distocia e prolapsos vaginais na cutia. Este documento relata três casos de doenças reprodutivas em cutias criadas em cativeiro em Trinidad e Tobago. O primeiro caso foi de uma cutia de aproximadamente 3 kg que estava na última fase de gestação, encontrada morta em sua gaiola. A vulva da mãe tinha as patas traseiras salientes do feto. A avaliação necroscópica da carcaça revelou pouco tecido adiposo e a mãe tinha dois fetos no corno direito do útero. Cada feto pesava aproximadamente 200 g. Os fetos eram bem formados com pelos, dentes e olhos. A placenta foi presa a cada feto. Os achados patológicos sugeriram que a distocia resultou de inércia uterina secundária, que foi a causa da morte da cutia adulta. O segundo caso foi ode uma cutia adulta pesando 2,5 kg. Essa fêmea deu à luz uma cria três semanas antes e foi observado que tinha prolapso vaginal. A cirurgia foi realizada e a vagina prolapsada foi colocada de volta na cavidade pélvica. Após essa intervenção, a vagina prolapsou duas vezes. Após a reinserção do tecido vaginal, a cutia foi eutanasiada. O terceiro caso também foi de distocia. No entanto, os fetos pesavam 235 g e 165 g e estavam em apresentação, postura e posicionamento normais. O feto, entretanto, não conseguiu passar pela vagina e ficou preso na cavidade pélvica. Isso causou inércia uterina secundária, que foi a causa da morte. As causas das doenças reprodutivas nesses casos são desconhecidas, mas o manejo da alimentação e o espaço concedido à cutia no final da gestação podem ser fatores contribuintes.(AU)
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