O tempo térmico para germinação varia entre populações de uma leguminosa arbórea (Peltophorum dubium)?
Andrade, L. F. D.Cardoso, V. J. M.
O uso de graus-dia utilizado em espécies cultivadas para predizer eventos e planejar ações de manejo é reportado em poucos trabalhos para descrever a germinação de árvores tropicais. As temperaturas cardeais (base, ótima e teto) para germinação de uma espécie pode variar de acordo com a procedência das sementes. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. é uma leguminosa arbórea de sucessão inicial amplamente distribuída na América do Sul, podendo ocorrer como espécie cultivada ou naturalizada, sendo considerada um bom exemplo para testar modelos de graus-dia em espécie arbórea. O principal objetivo deste estudo foi descrever a resposta da germinação das sementes de diferentes populações de P. dubium como função do acúmulo de graus-dia durante ensaios em condições semi-controladas (flutuação térmica). Testes de germinação com sementes escarificadas manualmente e semeadas em bandejas de alumínio contendo substrato foram realizados sob condições de casa de vegetação em diferentes épocas do ano. Três métodos foram utilizados para descrever o acúmulo de tempo térmico nos ensaios e, considerando o lote das sementes e a época da semeadura, o método da área do trapézio foi relativamente mais eficaz em descrever a germinação. As curvas de germinação de sementes de P. dubium provenientes de diferentes populações, expressas em graus-dia estimados diretamente por meio do registro programado das temperaturas, tendem a ser mais agrupadas sugerindo pouca variação no requerimento de tempo térmico entre as diferentes procedências das sementes. Por outro lado, o requisito de tempo térmico pode variar de acordo com a época de semeadura e um incremento nos graus-dia exigidos quando os ensaios foram realizados sob temperaturas médias mais elevadas pode estar relacionado e um efeito térmico na germinação de sementes escarificadas.(AU)
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