Dexamethasone action on caudal fin regeneration of carp Cyprinus carpio (Linnaeus, 1758)
Ochandio, BS.Bechara, IJ.Parise-Maltempi, PP.
Estudos mostram que corticóides usados por longos períodos podem atrasar o processo de cicatrização, influenciando na reepitelização, na neovascularização e na síntese do colágeno. Os constituintes das nadadeiras dos peixes teleósteos contêm grande quantidade de colágeno e assim o objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito da dexametasona (um antiinflamatório e glicocorticóide esteróide bastante utilizado no tratamento de doenças reumáticas) durante o processo regenerativo das nadadeiras caudais das carpas (Cyprinus carpio). Para isso, foram montados dois aquários de vidro, um para o grupo controle e outro para o grupo tratado com a dexametasona (Henrifarma) na concentração de 20mg/L. Os peixes distribuídos nesses aquários tiveram suas nadadeiras caudais amputadas transversalmente e permaneceram nos respectivos aquários para que ocorresse a regeneração. Foram feitas coletas das nadadeiras em regeneração em intervalos de 1, 2, 4, 6, 8 e 10 dias após a amputação. Foi observado que nos peixes do grupo controle, as nadadeiras regeneraram normalmente e cresceram o esperado em cada intervalo de tempo. No entanto, foi verificado que nos peixes do grupo tratado com dexametasona, em cada intervalo analisado, as nadadeiras regeneradas dos peixes expostos à droga eram menores que a medida das nadadeiras dos peixes do grupo controle. Assim, foi possível verificar que, nessa concentração de dexametasona, a regeneração das nadadeiras caudais foi mais lenta, mas não ocorreu a total inibição da regeneração. Dessa forma, os resultados comprovam que a nadadeira caudal é um bom modelo para estudos histológicos sobre a regeneração e a ação da toxicidade de drogas, mas, também, é de grande importância a interação com estudos mais aprofundados para se conhecer e compreender melhor todas as alterações em todas as fases.
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