Water level-dependent morphological plasticity in Sagittaria montevidensis Cham. and Schl. (Alismataceae).
Demetrio, GRBarbosa, MEACoelho, FF
As plantas aquáticas são capazes de alterar a sua morfologia em resposta a variações nas condições ambientais, tais como mudanças no nível da água. Nosso objetivo foi avaliar o efeito do nível da água na morfologia de Sagittaria montevidensis através de medidas de estruturas vegetativas formadas em períodos de seca e de cheia. Nós hipotetizamos que a altura dos indivíduos e a biomassa das folhas de S. montevidensis aumentarão durante períodos de cheia, enquanto a biomassa e diâmetro dos pecíolos, além da área basal da planta, aumentarão durante períodos de seca. Nós amostramos um total de 270 indivíduos, distribuídos em nove bancos de sedimento, por visita, totalizando 1080 plantas. Para comparar a morfologia das plantas entre os períodos de cheia e seca nós medimos o nível de água em cada banco e tomamos as seguintes medidas para cada planta: diâmetro, altura e diâmetro do maior pecíolo. Para comparar a alocação de biomassa entre os períodos de cheia e seca nós amostramos um total de 90 indivíduos em nove bancos de sedimento por visita, totalizando 360 plantas. As plantas foram secas em estufa e pesadas em laboratório. As plantas foram maiores no período de cheia e também apresentaram maior número e biomassa de folhas, maior diâmetro e biomassa de pecíolos e maiores áreas basais das rosetas. Nós concluímos que o nível da água influencia muito na morfologia de S. montevidensis. Nossos resultados sugerem que essas respostas morfológicas podem permitir a sobrevivência e manutenção de populações de S. montevidensis em estresse ambiental. Esses resultados podem ser ligados ao potencial invasivo de S. montevidensis e lançam luzes sobre práticas de manejo que poderão ser aplicadas no futuro.
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