Using oligochaeta assemblages as an indicator of environmental changes
Behrend, RDL.Takeda, AM.Gomes, LC.Fernandes, SEP.
Foi delineada uma pesquisa de campo (toda extensão do rio; não barrado: Primeiro e Segundo planaltos; barrado: Terceiro planalto) para testar a hipótese de que a cascata de reservatórios promove redução na riqueza de espécies e muda a composição da assembléia de Oligochaeta ao longo do Rio Iguaçu. Mudanças nas variáveis ambientais e na riqueza e composição de Oligochaeta foram sumarizadas por Análise de Correspondência Canônica. Ao longo do Rio Iguaçu, a condutividade e a altitude diminuíram, enquanto a temperatura aumentou. A composição de Oligochaeta mostrou variação espacial significativa, com maiores abundâncias da família Tubificidae e do gênero Dero (Naididae) ocorrendo no Primeiro planalto. No Segundo e Terceiro planaltos, poucas espécies foram dominantes, com aumento na presença de espécies de Naididae abaixo de barragens. Foi encontrada uma clara diminuição na riqueza de espécies ao longo do Rio Iguaçu. Além disso, observou-se que a assembléia de Oligochaeta foi influenciada por algumas variáveis ambientais, como altitude, condutividade, tipo de substrato e temperatura, e por atividades antropogênicas (ocupação humana e barramento). Os resultados deste estudo suportam o uso de Oligochaeta como táxon substituto para predizer mudanças ambientais ao longo de rios impactados (barrados e eutróficos). A validade desse estudo foi indicada pelo forte e significativo gradiente, registrado da cabeceira à foz do Rio Iguaçu.
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