Structure of aquatic vegetation of a large lake, western border of the Brazilian Pantanal
Cunha, NL.Delatorre, M.Rodrigues, RB.Vidotto, C.Gonçalves, F.Scremin-Dias, E.Damasceno-Júnior, GPott, VJPott, A.
Estudos sobre macrófitas aquáticas Neotropicais aumentaram nas últimas décadas; todavia, a riqueza de espécies em áreas úmidas da América do Sul está longe de ser plenamente conhecida. Além disso, trabalhos com abordagem ecológica são escassos no Pantanal. Por essa razão, levantamentos rápidos são essenciais para o conhecimento sobre a biodiversidade. Este estudo foi realizado em cinco pontos na Baía do Castelo, borda oeste do Pantanal brasileiro, os quais incluíram arrozal, camalotal e baceiros. Em cada ponto, foram estabelecidas parcelas 0.5 × 0.5 m (n = 137), onde foram identificadas as espécies de macrófitas aquáticas, estimada a cobertura e tomada a profundidade. Registramos 57 espécies distribuídas em 26 famílias, das quais a mais rica foi a Poaceae. A espécie mais frequente e abundante foi Commelina schomburgkiana; a segunda mais frequente foi Oryza latifolia, seguida por Leersia hexandra, Enydra radicans e Pityrogramma calomelanos. Essa última espécie foi a segunda com maior cobertura, seguida por Pontederia rotundifolia, Eichhornia azurea, E. crassipes e Enydra radicans. Essas cinco espécies juntamente com C. schomburgkiana (a mais abundante) representam mais da metade da cobertura na Baía do Castelo. Pontederia rotundifolia, Ludwigia helminthorrhiza, Pistia stratiotes, E. azurea, E. crassipes, E. radicans e Panicum elephantipes foram fortemente relacionadas às áreas mais profundas, enquanto Oryza latifolia, Leersia hexandra e Salvinia auriculata foram relacionadas a areas mais rasas. Pityrogramma calomelanos, Ludwigia nervosa, Ipomoea alba, Cayaponia podantha, Polygonum acuminatum, Rhynchanthera novemnervia e Ludwigia leptocarpa foram altamente correlacionadas com baceiros. A estrutura do habitat, a dinâmica natural e a zonação da vegetação aquática aparentam ser influenciadas pela variação nos níveis d'água na Baía do Castelo, os quais promovem a segregação espacial, provavelmente pela competição e/ou preferência por habitat.
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