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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Hydrological cycle

Gonçalves, HCMercante, MASantos, ET

O ciclo hidrológico do Pantanal guarda um significado importante na bacia do Alto Paraguai, a qual compreende duas áreas em condições consideravelmente diversas no que se refere aos recursos hídricos e naturais, o planalto e a planície. Sob o enfoque de função ecossistêmica, o fluxo hidrológico na relação planalto-planície é importante para a criação de nichos reprodutivos e alimentares para a biodiversidade regional. Em geral, a declividade dos rios no planalto é de 0,6 m/km enquanto que a declividade na planície é de 0,1 a 0,3 m/km, e o ambiente na planície é caracteristicamente sazonal e mantém uma diversidade de espécies exuberantes em abundância, inclusive de animais ameaçados de extinção. Ao encontrar a planície, a superfície plana faz diminuir o fluxo de água no leito dos rios e, na época de chuva, os rios transbordam seus leitos, inundando a planície. A precipitação média anual da bacia é de 1.396 mm, variando entre 800 mm e 1.600 mm, e as maiores chuvas são observadas na região do planalto. A baixa capacidade de drenagem dos rios e lagos que formam o Pantanal e o clima da região fazem com que, aproximadamente, 60% de todas as águas provenientes do planalto sejam perdidas por evaporação. A bacia do Alto Paraguai, incluindo o Pantanal, embora tenha abundante disponibilidade de recursos hídricos, apresenta situações de escassez em determinadas sub-bacias e em determinadas épocas do ano. As condições climáticas por si só não são suficientes para explicar as diferenças que são observadas no regime do rio Paraguai e de alguns de seus afluentes. A complexidade do regime hidrológico do rio Paraguai está relacionada à baixa declividade dos terrenos que integram as planícies e pantanais mato-grossenses (de 50 a 30 cm/km no sentido leste-oeste e de 3 a 1,5 cm/km de norte para o sul) e também à extensão da área que permanece periodicamente inundada com grande volume de água.

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