Metabolismo aeróbico e anaeróbico do paulistinha Danio rerio, mantidos sob normóxia e hipóxia moderada e expostos a hipóxia aguda durante diferentes estágios de desenvolvimento
Barrionuevo, WRFernandes, MNRocha, O
A influência de diferentes níveis de oxigênio no desenvolvimento (ovos a adulto) do peixe paulistinha Danio rerio (Hamilton, 1822) foi verificada por meio de medidas experimentais de consumo de oxigênio (MO2), tensões críticas de oxigênio (Pcrit), taxa de batimentos cardíacos (fH) e concentração total de lactato nos tecidos (Lc), para os animais mantidos a 28 ºC sob níveis normóxicos de oxigênio (7.5 mgO2.L-1 ou 80 mmHg) e hipóxicos (4.3 mgO2.L-1) e submetidos a hipóxia ambiental aguda, em diferentes estágios de desenvolvimento. Os resultados obtidos indicam que os peixes em estágios iniciais do desenvolvimento não variam suas respostas fisiológicas em função das oscilações ambientais nos níveis de oxigênio, visto que tais respostas iniciaram-se somente no estágio de 30 dias de vida. A partir deste estágio D. rerio apresentou capacidade em responder à hipóxia aguda por meio de mecanismos fisiológicos efetivos envolvendo metabolismo aeróbico e anaeróbico. Tais respostas foram mais efetivas para os peixes mantidos sob hipóxia, o que mostrou que a capacidade de sobrevivência de D. rerio aumentou durante o período de aclimatação à hipóxia moderada. As medidas de massa e comprimento corpóreos mostraram que a permanência dos peixes em hipóxia durante o desenvolvimento não afetou esses parâmetro até os peixes atingirem o estágio de 60 dias. A partir deste estágio foi observado ligeiro atraso no crescimento dos espécimes mantidos sob hipóxia. A taxa de sobrevivência de D.rerio variou de 87,7 a 62,4 por cento para os animais mantidos respectivamente sob níveis normóxicos e hipóxicos. No entanto, os animais mantidos sob hipóxia moderada, que sobreviveram, mostraram maior capacidade em regular seu metabolismo aeróbico e anaeróbico quando expostos à hipóxia ambiental aguda.(AU)
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