Dispersal of the egg parasitoid Gryon gallardoi (Brethes) (Hymenoptera: Scelionidae) in tobacco crops
R. Canto-Silva, C.Kolberg, R.P. Romanowski, H.R. Redaelli, L.
Um experimento de marcação e recaptura foi desenvolvido para estudar a dispersão de Gryon gallardoi (Brethes) (Hymenoptera: Scelionidae) em cultivo de fumo. Parasitóides emergidos em laboratório foram marcados com pó de corante. Em seis ocasiões distintas, de janeiro a fevereiro de 2002, foram feitos experimentos de campo nos quais parasitóides marcados foram liberados ao mesmo tempo. A dispersão foi determinada pela recaptura de indivíduos em grupos de armadilhas (adesivas e de bandeja com água) dispostas em três círculos concêntricos com intervalos de 1,4 m a partir do ponto central de liberação. As armadilhas foram monitoradas 4, 8, 24, 28, 32 e 48 h após a liberação dos parasitóides e dados climáticos foram obtidos a cada duas horas, das 9 h às 17 h, na área experimental. De 699 parasitóides marcados liberados, 91 foram recapturados (13,02%). Fêmeas foram menos recapturadas ao final da tarde, sugerindo que elas são menos ativas que os machos no período crepuscular. A recaptura de G. gallardoi não foi associada à direção média do vento em todas as ocasiões de liberação. Após oito horas das liberações, a maioria das recapturas ocorreram em armadilhas localizadas mais distantes do ponto de liberação, sugerindo que a área experimental foi pequena em relação à capacidade de dispersão do parasitóide. A partir do ajuste da curva de densidade média de recapturas nas diferentes distâncias aferida 4 h após as liberações ao modelo geométrico e considerando uma atividade diária de 12 h, foi estimada uma capacidade de dispersão para fêmeas de no mínimo 7,62 m/dia. Os valores aqui apresentados devem ser considerados como um indicativo do potencial para a dispersão ativa nas condições particulares do experimento. É possível que G. gallardoi, com a ajuda do vento, possa dispersar distâncias muito maiores do que a registrada neste estudo.
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