Pattern of elevational distribution and richness of non volant mammals in Itatiaia National Park and its surroundings, in Southeastern Brazil
Geise, L.G. Pereira, L.E. P. Bossi, D.G. Bergallo, H.
O Parque Nacional do Itatiaia e seu entorno apresenta fauna peculiar em razão de diferentes formações vegetais, consistindo em faixas definidas de clima e de vegetação. O maciço do Itatiaia tem quatro tipos de vegetação que seguem um gradiente altitudinal: Floresta Submontana, Floresta Montana, Floresta Alto-Montana e Campos de Altitude. Por isso, essa região é ideal para estudar variação geográfica na diversidade biológica. O principal objetivo deste estudo foi relatar as espécies de mamíferos não-voadores conhecidas para o Parque Nacional do Itatiaia e seu entorno e determinar se elas apresentam padrão de distribuição altitudinal. Foram realizados revisão completa da literatura e levantamento de espécimes depositados em museus, bem como esforços de captura de pequenos mamíferos, a fim de obter o levantamento completo das espécies da região. Dados precisos sobre as localidades foram obtidos para todos os espécimes levantados, permitindo a colocação de cada indivíduo coletado ou observado dentro de uma classe de altitude e de vegetação. Foi elaborado gradiente de ordenação direto da abundância de espécies de marsupial, de primatas e de roedores com a altitude. Foram coletadas ou relatadas 69 espécies de mamíferos para o maciço do Itatiaia, pertencendo a 7 ordens e 20 famílias. Dessas, 33 espécies (47,8%) estão incluídas na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção, ou presumivelmente ameaçadas, do Estado do Rio de Janeiro. As ordens Rodentia, Carnivora e Didelphimorphia apresentaram as mais altas riquezas de espécies, com 25, 14 e 13 espécies, respectivamente. Quando agrupadas de acordo com a vegetação, 16 espécies ocorreram na Floresta Submontana, 56 ocorreram na Floresta Montana, 5, na Floresta Alto-Montana e 21, nos Campos de Altitude. As comunidades de marsupiais, primatas e roedores têm padrão de ordenação relacionado com a altitude. A riqueza de espécies foi maior entre 500 m e 1.500 m, na Floresta Montana, o que está de acordo com estudos recentes que mostram que a riqueza de espécies alcança seu valor máximo em elevações medianas.
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