Maturação ovariana de Astyanax altiparanae após desova em sistema de recirculação de água
Lira, Lieschen Valeria GuerraKuradomi, Rafael YutakaSouza, Thiago Gonçalves deHainfellner, PatrickBatlouni, Sergio Ricardo
Neste estudo, avaliamos a possibilidade de obtenção de desovas sucessivas de Astyanax altiparanae mantidos em biotério. Para isso, 104 indivíduos foram distribuídos aleatoriamente em quatro caixas (10 fêmeas e 16 machos em cada) e mantidos a uma temperatura média de 29,24 ± 0,42 °C, sob fotoperíodo natural, por 30 dias. No início do experimento, machos e fêmeas foram induzidos à reprodução com uma dose de extrato de hipófise de carpa (6 mg kg-1). Posteriormente, amostras de ovário (para cálculo do índice gonadosomático e avaliação estereológica) e de sangue (para avaliação de esteroides) foram coletadas de oito fêmeas (duas por caixa) nos seguintes períodos: imediatamente após a indução hormonal (dia 0) e 1, 6, 16 e 30 dias após a desova. No dia 6, as fêmeas desovadas já apresentavam ovários maduros completos similares aos descritos no dia 0. No dia 6 não foram mais observados complexos pós-ovulatórios, indicando que a sua reabsorção foi relativamente rápida. Concomitantemente, os níveis de esteroides aumentaram gradativamente até o dia 6, corroborando uma atividade vitelogênica intensa neste período. Neste estudo demonstramos que fêmeas de A. altiparanae apresentam-se aptas para indução hormonal seis dias após a reprodução, quando mantida a 29,24 ± 0,42 °C, em um sistema mantido com água recirculada.(AU)
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