VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. e332-e332

Acumulação de cobre e cádmio em brânquias e tecido muscular de tilápia (Oreochromis niloticus) sob condições experimentais

Santarossa, Maria Amália da SilvaTintor, Diogo BarcotDourado, Thiago de AraújoJotta, César Augusto DegiattoMenegário, Amauri AntônioFerreira, José Roberto

O largo uso mundial da tilápia para diferentes finalidades em bioensaios foi explorado para se verificar a acumulação de cobre e cádmium, nas formas isoladas e em combinação, em brânquias e tecido muscular da espécie Oreochromis niloticus, cujo consumo é de relevância econômica no Estado de São Paulo, Brasil. Para tanto, ensaios semi-estáticos de toxicidade crônica foram conduzidos por 21 dias em duas concentrações para cada elemento traço, baseadas nos valores CL50/10 e nas médias dos logaritmos das CL50/10 e CL50/100. Amostragens para avaliar as cinéticas das absorções dos elementos traços com o tempo foram realizadas após 24, 96 horas, 7, 14 e 21 dias do início do experimento. Decorridos 14 dias, as brânquias apresentaram maiores concentrações que o tecido muscular para ambos os metais, sendo os respectivos valores máximos iguais a 5,20 mg Kg-1 Cu e 4,89 mg kg-1 Cd, e 0,79 mg Kg-1 Cu e 0,32 mg Kg-1 Cd. Uma competição foi estabelecida quando os elementos traços estavam em combinação, sendo os valores máximos encontrados para as brânquias de 1,81 mg Kg-1 Cu e 1,54 mg Kg-1 Cd e 0,63 mg Kg-1 Cu e 0,12 mg Kg-1 Cd para o tecido muscular. O teste de Tukey utilizado para a avaliação estatística das interações período de exposição e concentração dos metais dissolvidos, revelou a interferência do conteúdo basal de Cd e Cu dos peixes quando da análise dos resultados. Apesar da bioacumulação verificada, onde o BCF do Cd foi inferior ao BCF do Cu, as frações das LCs50 não foram letais aos organismos. A tilápia não concentrou suficientemente Cu e Cd no tecido comestível para representar restrições ao consumo humano.(AU)

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