Atividade pesqueira e conhecimento etnoictiológico na comunidade de pescadores artesanais de Miguel Alves/PI, Brasil
Santos, Kelly Polyana PereiraUniversidade Federal do PiauيAlencar, Nelson LealSoares, Romildo RibeiroBarros, Roseli Farias Melo de
Por intermédio da pesca, os pescadores exploram o ambiente aquático e estabelecem interações com o ambiente. Objetivou-se caracterizar a atividade pesqueira na comunidade de pescadores artesanais de Miguel Alves/PI, quanto aos apetrechos de pesca utilizados e a identificação do conhecimento etnoictiológico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, observação direta e registro fotográfico. Procederam-se análises quantitativas dos dados por meio do Índice de Diversidade de Shannon-Wiener e coeficiente de Pearson. Realizaram-se coleta e identificação do material zoológico. Foram apontadas 42 espécies, distribuídas em seis ordens e 20 famílias, sendo as mais representativas: Pimelodidae, Cichlidae e Serrasalmidae. Entre as espécies mais citadas destacam-se: traíra (Hoplias aff. malabaricus, Bloch, 1794), surubim (Pseudoplatystoma fasciatum, Linnaeus, 1766) e piranha (Pygocentrus nattereri, Kner, 1858). Os apetrechos mais utilizados foram: engancho/rede, seguido de anzol e tarrafa. O Shannon-Wiener demonstrou que a diversidade de citações entre gêneros alcançou valores semelhantes entre homens e mulheres. Por meio do Coeficiente de Pearson, constatou-se que embora a idade e o tempo no ofício da pesca tenham influenciado no número de peixes citados por cada classe, esta influência foi muito discreta tendo como base os valores numéricos trabalhados. O saber local é adquirido por intermédio de atividades relacionadas com a pesca artesanal.(AU)
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