Influência da salinidade no desenvolvimento e relação peso-comprimento do robalo-peva
Chaves, Paulo de TarsoNogueira, Amanda Bortolan
Foi investigado se as mudanças sazonais na salinidade, temperatura, pH e transparência da água contribuem ao desenvolvimento de Centropomus parallelus em ambientes estuarinos. O trabalho foi realizado na Baía de Guaratuba, Paraná, em 2007 e 2008, onde, os indivíduos com comprimento de 15,0-214,0 mm ocupam, ao longo do ano, as áreas rasas e vegetadas. Constatou-se que a abundância da espécie não se associa à salinidade, temperatura, pH ou transparência da água, mas que o tamanho dos indivíduos relaciona-se a essas variáveis. Estima-se que são as oscilações nas variáveis abióticas que propiciam condições favoráveis ao crescimento, pois em cada faixa de salinidade alguma fase de desenvolvimento é contemplada. Associando-se dados de tamanho individual e época de ocorrência a resultados de crescimento de C. parallelus em cultivos experimentais, estima-se que, neste estuário, o robalo-peva desova no final do verão/início do outono, época de maior influência marinha na Baía; que a eclosão dos ovos ocorre sob salinidade alta; e que juvenis crescem durante a progressiva redução da salinidade, característica da proximidade do verão, sob forte aporte fluvial. Adicionando-se aos indivíduos coletados nas cabeceiras da Baía outros pré-adultos e adultos provenientes da pesca amadora, a relação peso/comprimento foi PT = 0,00002.CT2,85 (n = 1.125) com sexos reunidos; PT = 0,00001.CT2,97 (n = 185) apenas em machos adultos; e PT =0,000007.CT3,04 (n = 445) apenas em fêmeas adultas. A diferença entre coeficientes segundo o sexo deve-se à variação no peso dos ovários durante a maturação, maior que dos testículos.(AU)
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