Eugenol em juvenis de tilápia do Nilo: concentrações e administrações sucessivas
DELBON, Marina CarvalhoRANZANI PAIVA, Maria José Tavares
Diversos anestésicos são aplicados na aquicultura, tendo por finalidade reduzir o estresse dos peixes ocasionado pelo manejo. Na prática, o anestésico mais utilizado é a benzocaína, mas vários autores estão trabalhando com o eugenol. Assim, o objetivo do presente trabalho foi comparar a ação desses fármacos sobre os estágios anestésicos em Oreochromis niloticus e avaliar a ação da administração sucessiva de eugenol sobre os estágios anestésicos. No primeiro ensaio, os peixes (47,73 ± 8,73 g e 14,23 ± 0,81 cm) foram submetidos a cinco concentrações de eugenol (40, 60, 80, 100 e 120 mg L-1) e uma de benzocaína (100 mg L-1). As concentrações anestésicas testadas foram capazes de induzir os peixes a todos os estágios de anestesia e revelaram relação inversa entre os tempos de indução e o aumento das concentrações. A concentração mínima de eugenol para induzir anestesia foi de 100 mg L-1. No segundo ensaio, os juvenis (38,07 ± 5,00 g e 12,7 ± 0,54 cm) foram expostos às concentrações de 60, 80, 100 mg L-1 de eugenol determinadas no primeiro ensaio. Avaliando as diferenças nos parâmetros analisados entre os dias sucessivos, pode-se observar que não houve diferença significativa (P>0,05) entre os estágios anestésicos nas concentrações de eugenol testadas, sugerindo que o resíduo de eugenol é eliminado do organismo do peixe em até 24 horas.
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