Produção de isca-viva de camarão (Farfantepenaeus paulensis) em gaiolas com diferentes densidades de estocagem
PRETO, Artur de LimaPISSETTI, Tito LuisWASIELESKY Jr., WilsonPOERSCH, Luis HenriqueCAVALLI, Ronaldo Oliveira
No litoral sul e sudeste do Brasil, a forte demanda da pesca esportiva por camarões vivos para serem utilizados como isca não é atendida pela pesca artesanal. O cultivo de juvenis de camarão (peso de 4-5 g) em gaiolas pode, portanto, ser uma alternativa interessante para atender a este mercado. Infelizmente, estratégias de manejo adequadas à produção de camarões em gaiolas ainda não foram devidamente estabelecidas. Neste estudo avaliou-se a influência da densidade de estocagem sobre a sobrevivência, crescimento e taxa de conversão alimentar (TCA) do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis cultivado em gaiolas. O experimento durou 42 dias e considerou três densidades de estocagem (50, 100 e 200/m2) de juvenis com peso médio inicial de 1,04 g. Ao final do período, as médias de sobrevivência e peso dos camarões cultivados a 50, 100 e 200/m2 foram 94,1; 94,6 e 59,2%, e 6,0; 5,0 e 4,3 g, respectivamente. A sobrevivência e o peso final se correlacionaram negativamente à densidade. A TCA, porém, não se diferenciou significativamente entre os tratamentos, mas apresentou tendência de aumento nas densidades mais altas. Os resultados indicam que a produção de isca-vivas de F. paulensis em gaiolas é tecnicamente viável em todas as densidades testadas. Entretanto, como o cultivo de 200 camarões/m² resulta na produção de um maior número de juvenis, esta densidade de estocagem pode ser recomen
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