VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 161-170

Criação de Arapaima gigas (Teleostei, Osteoglossidae) em estufa e sistema fechado de circulação de água, no Estado de São Paulo

Scorvo Filho, JoãoRojas, NiltonSilva, ClaudiaKonoike, Tatsuro

Objetivando conhecer o desempenho do pirarucu (Arapaima gigas Cuvier, 1817), utilizaram-se três compartimentos de 30 m3 cada um de um tanque de alvenaria de 186 m3 dotado de sistema de filtração biológica da água, sistema fechado de circulação de água, cobertura de estufa e forno a lenha. Durante 16 meses, 89 animais apresentando inicialmente 134,04 ± 20,74 g de peso e 26,53 ± 1,32 cm de comprimento foram estocados em uma densidade de 0,96 peixe/m3 e alimentados três vezes ao dia com ração extrusada (40% PB). O peso e o comprimento médios obtidos foram 7.917,20 ± 963,55 g e 96,78 ± 3,23 cm, respectivamente. As expressões que representam o crescimento são: Wt = 12.107 (1 e-0,1214.t) 3,147 (r2 = 0,9626), Lt = 107,51 (1 e -0,1214.t) (r2 = 0,9696) e Lt = 0,0049 Wt-3,147 (r2 = 0,9982), respectivamente para crescimento em peso, crescimento em comprimento e relação peso-comprimento. O valor do fator de condição relativo (Kn) foi 1,002 ± 0,072, e o da conversão alimentar aparente (CAA), 2,64. A temperatura média da água esteve entre 26,23 ± 1,50 e 32,37 ± 1,33°C. Os valores máximos de alcalinidade (164,19 mg CaCO3/L), cálcio (40,00 mg Ca+2/L), amônia total (15,20 mg NH4+/L) e amônia não ionizada (0,84 mg NH3/L) foram superiores àqueles normalmente recomendados para criação de peixes. A criação do pirarucu, A. Gigas, no Estado de São Paulo pode ser considerada uma nova alternativa de

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