VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 101-107

Eficácia do albendazol e praziquantel no controle de Anacanthorus penilabiatus (Monogenea: Dactylogyridae), parasito de pacu Piaractus mesopotamicus (Osteichthyes: Characidae). I. Banhos terapêuticos

Onaka, EduardoMartins, MaurícioMoraes, Flávio

Este trabalho avaliou a eficácia de banhos de curta duração com sulfóxido de albendazol (ABZ) e praziquantel (PRZ) contra o helminto monogenoide Anacanthorus penilabiatus, parasito de brânquias de pacu Piaractus mesopotamicus. Noventa peixes naturalmente parasitados foram submetidos a banhos em soluções contendo 50, 100, 200 e 500 mg de ABZ ou PRZ/L de água. Sete dias após o tratamento, o grupo tratado com 500 mg/L de PRZ apresentou 68,3% de redução do número de parasitos, a mais elevada deste ensaio. As doses de 50 e 500 mg/L de ABZ apresentaram eficácia de 56,9%, sendo de 52,5% para a dose de 200 mg/L do mesmo produto. Aos 14 dias após os tratamentos, a dose de 200 mg/L de PRZ apresentou pouca eficiência, que foi da ordem de 40,5%. Os resultados da aplicação do albendazol a 200 e 500 mg/L produziram eficácias baixas: 46,5% e 32,75%, respectivamente. O praziquantel apresentou efeitos tóxicos para os peixes, e o período de tolerância foi de dois, quatro, sete e quatorze minutos, respectivamente para 500, 200, 100 e 50 mg PRZ/L. Por outro lado, o albendazol não apresentou efeitos tóxicos, mas sua eficácia antiparasitária foi baixa, sendo de 46,5% e 32,8%, respectivamente para 200 e 500 mg ABZ/L. Albendazol e praziquantel nas doses utilizadas não são eficazes no controle de Anacanthorus penilabiatus em pacu.

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