Acurácia e confiabilidade de dois estimadores de peso corporal baseados em mensurações lineares em equídeos
Rezende, Marcos Paulo Gonçalves deOliveira, Nicacia Monteiro deCarneiro, Paulo Luiz Souza
Estimativas para determinar o peso corporal de um equino são rotineiramente usadas quando uma balança não está disponível. Todavia, é fundamental realizar um diagnóstico da acurácia e confiabilidade das predições destes estimadores, pois o manejo nutricional, dosificação de fármacos, entre outros, exigem o conhecimento do peso. Assim, objetivou-se avaliar a acurácia e confiabilidade de predições de peso estimado de equídeos utilizando dois modelos de cálculos e discutir o reflexo das predições no manejo dos animais. Foram pesados 71 equídeos machos (40 Muares e 31 Equinos) com idade adulta, em balança de precisão (peso controle). Medidas de perímetro torácico e comprimento corporal foram realizadas e utilizadas para estimar o peso corporal usando os modelos. A acurácia foi avaliada via análise do índice de adequação, comparação entre o quadrado do erro de predição, critério de informação Delta Akaike's e decomposição do erro quadrático médio da predição. Para avaliação econômica, criaram-se três cenários de produção: simples (vermifugação + volumoso), tradicional (vermifugação + volumoso + concentrado) e tradicional com suplementação (vermifugação + volumoso + concentrado + suplementação). Valores econômicos foram verificados em pesquisa de preço na região Centro Oeste do Brasil e convertidos em dólar. Avaliou-se as diferenças de percentagem dos custos utilizando teste de Fisher. O modelo mais adequado para o perfil morfométrico dos animais foi o que usa combinação entre perímetro torácico e comprimento corporal. Foram significativas (P<0,05) as diferenças para os valores econômicos nos cenários de produção. Prejuízos usando o modelo inadequado são 10% superiores em relação ao controle, assim em um estabelecimento com 20 equídeos que usa este modelo, os prejuízos são ≈ 10 mil dólares/ano. Na ausência da balança, é fundamental avaliar qual modelo de cálculo será mais compatível com biotipo corporal do rebanho, pois todo tipo de manejo que depende do peso corporal dos animais, pode gerar prejuízos econômicos significativos.(AU)
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