O uso de ECG influencia a taxa de concepção em vacas Nelore de diferentes condições corporais submetidas ao mesmo protocolo de IATF?
Dias, E. A. RArruda, R. PVideschi, R. AGraff, H. BSouza, A. M.Monteiro, F. MRibeiro, E. GCarreira, J. TAtique Netto, HPeres, R. F. GOliveira, L. Z
O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de concepção (TC) de vacas multíparas da raça Nelore apresentando diferentes escores de condição corporal (ECC), que foram submetidas ao mesmo protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) com o emprego da gonadotrofina coriônica equina (eCG). Foram inseminadas 1574 vacas da raça Nelore, com 40 a 50 dias pós-parto. Durante as IATFs, os dados referentes ao touro (n = 8), inseminador (n = 3) e ECC foram anotados, sendo a nota do ECC aferida de 1 a 5 por técnico experiente. O diagnóstico de gestação foi realizado, por ultrassonografia, 40 dias após a IATF. Não foi observado efeito (P > 0,05) de inseminador ou touro na TC. Também não se observou diferença estatística desta taxa entre os grupos de animais separados de acordo com os ECCs. O grupo de animais com menor ECC (Grupo 1 = ECC 1,5 a 2,0; n = 139) apresentou TC de 47,4%. Os grupos de animais com ECC entre 2,5 a 2,75 (Grupo 2; n = 741) e com ECC entre 3,0 a 3,25 (Grupo 3; n = 463) apresentaram, respectivamente, TC de 47,6% e 51,2%. Os grupos de animais com maior ECC (Grupo 4 = ECC 3,5 a 4,0; n = 231) apresentou TC de 45,3% (P > 0,05). Concluiu-se que as taxas de concepção foram semelhantes entre os animais apresentando diferentes ECC no rebanho, provavelmente pelo eCG compensar a baixa pulsatilidade de LH dos animais mais magros. Porém, recomenda-se maiores estudos para verificar a real necessidade do uso de eCG em animais de condição corporal superior a 3,5. (AU)
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