Predisposição racial canina para o desenvolvimento de discoespondilite: estudo retrospectivo de 181 casos (2009-2018)
Coelho, C. M. MAdeodato, A. GBrock, G. WCorrea, C. GFernandes, M. E. LPedro, L. GEleutério, ESilva, M. F. APeixoto, A. J. R
Para determinar a prevalência e predisposição racial da discoespondilite (DS) em cães realizou-se uma pesquisa numa população de 5497 animais submetidos a exame de tomografia computadorizada ou radiografia digital da coluna entre 2009 e 2018. Variáveis como raça, sexo, idade, segmento vertebral e total de vértebras acometidas foram coletadas e submetidas aos testes de prevalência, Qui-quadrado e odds ratio. Foram identificados 181 cães com DS, prevalência de 3,4%. Destes, 65% eram machos, probabilidade 1,6x maior que fêmeas (CI 1.17-2.17). Cães maiores que 10 anos tem probabilidade 1,5x maior (CI 1.10-2.05), enquanto em cães entre 2-5 anos a probabilidade diminui 51% (CI 0.34-0.77). Observou-se o predomínio de cães de grande porte (>30 kg; 45%), com 3,8x mais chances de DS (CI 2.56-5.33); seguido de 28% de cães de pequeno porte, ainda que demonstrada uma probabilidade 34% menor (CI 0.24-0.47). O labrador apresenta 3,7x mais chances que todas as raças estudadas (CI 2.56-5.33) e o buldogue francês, entre as raças de pequeno porte, 2,8x mais susceptibilidade (CI 1.51-5.06). Conclui-se que fatores como idade avançada, grande porte e, especialmente labradores, apresentam maior probabilidade a serem portadores de DS. O buldogue francês deve ser mais estudado quanto a sua discrepância em comparação a raças de mesmo porte.(AU)
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