Fitoterapia no controle de parasitos gastrintestinais de ruminantes: ênfase no gênero Mentha e seus componentes bioativos
Bortoluzzi, B. BBuzatti, ADeschamps, CBertoldi, F. CChaaban, APerrucci, SMaestrini, MPrado, C. MMolento, M. B
Essa revisão apresenta considerações acerca da relevância das infecções de parasitos gastrintestinais (PGI) em ruminantes, abordando a importância de fármacos antiparasitários no controle das helmintoses e demais alternativas. Foi realizada uma abordagem conceitual e histórica sobre o controle de PGI e o processo de desenvolvimento da resistência parasitária. Como alternativa da baixa eficácia de medicamentos, foi feita uma descrição detalhada sobre o uso de óleos essenciais (OE) e de componentes bioativos no controle das PGI em ruminantes. A produção de OE de plantas, passa pela composição química, técnicas de extração dos componentes, mecanismo de ação e ensaios para validação da sua atividade terapêutica, incluindo sua ação anti-helmíntica. Este artigo traz, na sua segunda parte, uma descrição detalhada de duas espécies do gênero Mentha, com foco em sua biologia, composição química e mecanismos de ação de seus OE. Dentro desse tópico, as espécies Mentha vilosa e M. piperita são as mais estudadas, bem como os seus componentes majoritários e bioativos; carvone e limoneno. Ao final do documento, discutimos sobre a técnica de cromatografia gasosa e espectrometria de massas, que se faz obrigatória para a identificação de compostos presentes em OE. Incluímos ainda, o detalhamento sobre tecnologias de nanoemulsão e suas vantagens na confecção de formulações mais estáveis, menos tóxicas aos hospedeiros e com potencial de aumentar a eficácia de fármacos contra as PGI, para o desenvolvimento de novos compostos fitoterápicos ecosustentáveis.(AU)
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