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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Anticorpos anti- leptospira spp em cães domiciliados na microrregião de Ribeirão Preto

Tavares, D. CSantos, R. FSilva, G. C. PMaximo, A. C. N. FSouza, F. FToniollo, G. H

A leptospirose é uma antropozoonose transmitida pela urina de roedores (ratos) infectados pela bactéria Leptospira interrogans. Sinais clínicos variados levam a confusão com outros tipos de alterações. Acreditava-se que a leptospirose atingia animais na zona rural, devido ao convívio com suínos, fonte de infecção. Atualmente, a zona urbana é a região mais acometida, sendo os cães domiciliados a espécie mais atingida devido aos hábitos de roer objetos duros e lamber órgãos genitais, eventualmente ingerindo urina. Roedores invadem residências pelos esgotos e terrenos baldios buscando alimentos e contaminando o local. Logo, objetivou-se verificar a ocorrência da doença em cães domiciliados e observar a distribuição espacial na microrregião de Ribeirão Preto. Para isso, as informações analisadas foram obtidas do banco de dados do laboratório de Diagnóstico de Leptospirose e Brucelose do Departamento de Medicina Preventiva e Reprodução Animal da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal-SP, referentes a animais atendidos no Hospital Veterinário no ano de 2011. Utilizou-se a técnica de soroaglutinação microscópica, sendo testadas as sorovariedades Tarassovi, Canicola, Grippotyphosa, Icterohemorrhagiae, Copenhageni, Pomona, Hardjo, Wolffi. Para analise o software MapInfo Professional foi utilizado. Dentre os 100 exames, 24% dos cães apresentaram sorologia positiva para pelo menos uma das oito sorovariedades testadas, sendo: Copenhageni (41,66%), Canicola (41,66%), Grippotyphosa (25%), Icterohemorrhagiae (16,66%) e Hardjo (8,33%), com títulos variando entre 100 e 800. A ocorrência de animais reagentes em cada município foi: Barretos 4,17%, Bocaina 4,17%, Cravinhos 4,17%, Dumont 12,5%, Guariba 8,33%, Jaboticabal 20,83%, Matão 4,17%, Monte Alto 12,5%, São Carlos 8,33%, São José do Rio Pardo 16,67% e Sertãozinho 4,17%. Com base nos achados desse estudo concluímos que a leptospirose tem sido sub-diagnosticada e embora possa ser inaparente no animal/homem infectado, a Leptospira spp é contínua ou periodicamente excretada pela urina por até 700 dias, constituindo um grave problema de saúde pública.

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