Resistência anti-helmíntica em pequenos ruminantes do semiárido da Paraíba, Brasil
Melo, L. R. BVilela, V. L. RFeitosa, T. FAlmeida Neto, J. LMorais, D. F
Este estudo objetivou avaliar o efeito da Ivermectina 0,08% e do Cloridrato de Levamisole 5% no controle das helmintoses gastrintestinais de ovinos e caprinos da mesorregião do Agreste do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. O experimento foi desenvolvido no período de julho de 2011 a fevereiro de 2012. Foram utilizadas 28 propriedades, com animais de ambos os sexos e idades entre três e 48 meses. Em cada propriedade foram escolhidos 18 animais sem tratamento anti-helmíntico a pelo menos três meses. Os animais foram divididos em três grupos: grupo 1, tratado com Ivermectina 0,08%, via oral, em dose única de 2,5 mL/ 10 kg p. v.; grupo 2, tratado com Cloridrato de Levamisole 5%, via oral, em dose única de 1,0 mL / 10 kg p. v. e grupo 3, que não recebeu tratamento anti-helmíntico, servindo como grupo controle. Amostras fecais foram coletadas nos dias zero e dez dias após os tratamentos para realização das análises fecais. O tratamento com Cloridrato de Levamisole reduziu 86,7% e 93% a carga parasitária de caprinos e ovinos, respectivamente. Entretanto, o tratamento com Ivermectina reduziu apenas 30,9% em caprinos e 24,6% em ovinos, O helminto mais prevalente nas coproculturas foi o Haemonchus spp. Os nematódeos gastrintestinais de caprinos e ovinos do Agreste da Paraíba encontram-se altamente resistentes à Ivermectina. O Cloridrato de Levamisole ainda é efetivo em ovinos, mas já apresenta traços de resistência em caprinos(AU)
Texto completo