Retorno à função esportiva de um cavalo submetido à aritenoidectomia e ventriculectomia para tratamento de hemiplegia laríngea direita não responsiva à aritenoidepexia - relato de caso
Bosi, A. MSpadeto Jr, OCoelho, C. SAlves, G. E. S
Um equino macho, de 11 anos, da raça Quarto de Milha, utilizado em competições de três tambores, apresentando ruídos inspiratórios foi encaminhado para atendimento. O histórico revelou que os ruídos iniciaram 20 dias antes e que o animal havia sido medicado com meloxican, dexametasona e ceftiofur sódico. Por endoscopia respiratória, diagnosticou-se hemiplegia laríngea direita (grau IV) e esquerda (grau II), condrite das aritenóides e deslocamento rostral do arco palato faríngeo. Oito dias após endoscopia, o equino apresentou dificuldade respiratória, sendo necessária a realização de traqueostomia de emergência. O animal foi encaminhado para o Hospital Veterinário da PUC Betim, MG, onde foi submetido à cricoaritenoidepexia direita. Cinco dias após constatou-se persistência dos sinais clínicos e por endoscopia observou-se que a assimetria da aritenóide direita não havia sido totalmente corrigida. Em novo procedimento cirúrgico, a aritenoidepexia foi desfeita e realizou-se aritenoidectomia direita associada à ventriculectomia. Uma semana depois, por endoscopia, observou-se obstrução parcial do lúmen da laringe por tecido de granulação exuberante, que foi controlado por tratamento tópico com dexametasona duas vezes ao dia. O equino ficou hospitalizado 88 dias. Cinco meses após a última cirurgia o animal retornou às competições com desempenho semelhante ao que apresentava anteriormente. Foi possível concluir que a associação de aritenoidectomia e ventriculectomia foi eficiente para o tratamento de hemiplegia laríngea direita após insucesso da aritenoidepexia, com retorno do animal a sua função atlética.(AU)
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