Utilização do maleato de enalapril, furosemida, espironolactona e suas associações em cães com doença degenerativa mixomatosa da válvula mitral
Franco, R. PChampion, TPascon, J. P. EP. Neto, G. BP. Junior, DCamacho, A. A
Devido à prevalência de cães portadores da doença degenerativa mixomatosa da válvula mitral (DMMVD) realizou-se uma investigação clínica da eficácia de diferentes protocolos terapêuticos a base de maleato de enalapril, furosemida. espironolactona e suas associações, em cães com DMMVD pertencentes à classe funcional II da insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Para tanto, utilizaram-se 20 cães distribuídos em dois grupos (n=10), com o primeiro recebendo maleato de enalapril (0.5 mg/kg) e furosemida (2 mg/kg) e o segundo, maleato de enalapril associado à espironolactona (1 mg/kg) e furosemida, administrados uma vez ao dia durante 56 dias. Os cães foram avaliados em quatro momentos quanto aos sinais clínicos, avaliações radiográficas, eletrocardiográficas, ecodopplercardiográficas e aferição da pressão arterial. Entretanto, em relação aos parâmetros hematológicos e bioquímico-séricos, que incluíram mormente as concentrações séricas da enzima conversora da angiotensina (ECA) e aldosterona, estas foram executadas no início e ao final do experimento. Os resultados obtidos caracterizaram-se animais portadores de sopro foco mitral grau III a V/VI com redução dos sinais clínicos após administração das terapias. Os exames laboratoriais revelaram redução significativa (p<0,01) dos valores de ECA e aldosterona em ambos os grupos. Ao exame radiográfico observou-se reduções significativas (p<0,05) nos valores VHS e na variável onda Pms do eletrocardiograma nos grupos. Outrossim, o ecodopplercardiograma evidenciou diminuição significativa (p<0,05) dos DIVEd/s, ESIVd/s, relação AE/Ao, FEC% e na velocidade da regurgitação válvula mitral. Portanto, os resultados evidenciaram efetividade dos protocolos terapêuticos utilizados, principalmente com associação à espironolactona.
Texto completo