Trichogramma pretiosum em liberação no campo e sob diferentes temperaturas em laboratório
Morais, Rosana Matos deMoro, Tamires SilveiraSaldanha, Cleber WittSteffen, Gerusa Pauli KistMissio, Evandro LuizMaldaner, JoseilaSteffen, Ricardo Bemfica
O estudo objetivou avaliar uma linhagem de Trichogramma pretiosum nativa da região Central do Rio Grande do Sul (Brasil) sob diferentes temperaturas em laboratório, e no parasitismo de Helicoverpa zea após liberações em área de milho. Fêmeas de T. pretiosum foram mantidas a 18, 25 e 30 °C e avaliadas quanto ao potencial de parasitismo. No campo, foram instaladas nove parcelas (400 m2) de milho híbrido em blocos ao acaso, com os seguintes tratamentos: 1) liberação de parasitoides fracionada em três vezes, em intervalos de três dias; 2) liberação em apenas uma ocasião; 3) sem liberação. A cada quatro dias foram coletadas espigas e registrados os danos e o número de lagartas e ovos de H. zea dos estilos-estigmas. A avaliação iniciou durante o pendoamento e estendeu-se até a fase de secagem dos estilos-estigma. Duas linhas em cada parcela foram reservadas para avaliação do número e da massa de espigas e grãos. Em laboratório, o maior percentual de parasitismo foi aos 25 °C (35,54%) e a menor longevidade aos 30 °C (6,8 dias). No campo, foram coletados 1.063 ovos de H. zea, dos quais 69,52% estavam parasitados. O percentual médio de parasitismo foi maior com liberação escalonada de T. pretiosum (82,77%), comparativamente ao controle (51,87%), porém, não houve diferença na produção de grãos. Tendo em vista a capacidade de parasitismo da linhagem avaliada, sugere-se que ela possui potencial para ser utilizada em programas de controle biológico da lagarta da espiga no cultivo de milho no Rio Grande do Sul.(AU)
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