A controvérsia do glifosato: uma atualização
Tauhata, Sinji Borges FerreiraAraújo, Gabriela Bandeira deAlves, Suellen Daniela Ferraz de OliveiraMartins, Daniel Neves VieiraLopes, Luana SilvaCasaletti, Luciana
A demanda por alimentos no mundo cresce ano após ano devido em parte pelo aumento populacional, mas também pela melhoria dos mercados emergentes. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Em 2017, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 238,6 milhões de toneladas, 29,2% superior à obtida em 2016. Boa parte do grande aumento da produtividade se dá pela incorporação de sementes transgênicas, especialmente de algodão, milho e soja, que apresentam genes que conferem maior adaptabilidade da planta ao solo, pragas, condições hídricas, mas também conferem resistência a herbicidas. Praticamente toda a soja transgênica plantada no país é resistente ao glifosato, inicialmente lançado no mercado pela empresa Monsanto nos anos 1970 pelo nome comercial Roundup, que é hoje o herbicida mais utilizado no mundo, principalmente pela disseminação da soja e outros produtos transgênicos como trigo, milho e canola. A utilização do glifosato permite a semeadura de culturas transgênicas imediatamente após a aplicação, tornando o processo de plantio muito prático. A soja, como outros transgênicos, apresenta segurança biológica já definida, mas a utilização do glifosato ainda é um assunto extremamente controverso. Esta revisão apresenta alguns aspectos históricos do binômio soja transgênica Roundup Ready/glifosato e discute as controvérsias mais recentes sobre o uso do glifosato no Brasil e no mundo.(AU)
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