Preferência de oviposição e performance biológica de Ceratitis capitata em frutos de Anacardiaceae, Cactaceae e Vitaceae
Leite, Suzany AguiarCosta, Daniela Ribeiro daRibeiro, Ana Elizabete LopesMoreira, Aldenise AlvesSá Neto, Raymundo José deCastellani, Maria Aparecida
O objetivo do estudo foi comparar a utilização de frutos de importância econômica e social para o nordeste do Brasil por Ceratitis capitata Wied. (Diptera: Tephritidae) para oviposição, desenvolvimento larval, tamanho e longevidade de adultos. Foram utilizados frutos de manga (Mangifera indica L.), quiabento (Pereskia bahiensis Gürke), palma-forrageira [Opuntia fícus indica (L.) Mill] e uva (Vitis vinifera L.) e moscas procedentes de uma população híbrida de laboratório. Inicialmente, utilizaram-se quatro tratamentos (frutos) e seis repetições, com o oferecimento dos frutos a 10 casais de C. capitata, com posterior (96 horas) contagem de ovos. O segundo teste foi conduzido com seis tratamentos e 10 repetições, oferecendo-se dois tipos de frutos simultaneamente, combinados dois a dois, a 10 casais de C. capitata. O último bioensaio compreendeu quatro tratamentos e seis repetições, sendo oferecidos 20 g de fruto a 20 larvas de primeiro instar de C. capitata. Após seis dias, as larvas foram colocadas em potes plásticos contendo vermiculita até a empupação, quantificando-se: períodos larval e pupal, viabilidade e massa pupal e longevidade e tamanho do adulto. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) pelo Programa R Core Team. Ceratitis capitata oviposita e completa seu ciclo biológico nos quatro hospedeiros estudados, exibindo não preferência para oviposição e baixa performance biológica em frutos de quiabento. Este proporcionou adultos menores e a uva permitiu a menor sobrevivência. As cactáceas palma e quiabento permitem a sobrevivência de C. capitata em laboratório, sendo esse conhecimento relatado pela primeira vez, comprovando que essas espécies podem atuar como hospedeiros alternativos no campo.(AU)
Texto completo