Brucelose bovina em frigoríficos com Serviços de Inspeção Federal e Municipal no estado do Maranhão
Sousa, Anna Karoline AmaralGuimarães, Bruno Raphael RibeiroBeserra, Priscila AlencarBezerra, Danilo CutrimMelo, Ferdinan de AlmeidaSantos, Hamilton PereiraBezerra, Nancyleni Pinto Chaves
Os objetivos do estudo foram determinar a prevalência da brucelose bovina, relacionar resultados laboratoriais de amostras séricas reagentes com a sorologia de animais que apresentavam bursites e, ainda, identificar possíveis fatores de risco para a enfermidade. Para isso, no abate foram coletadas 1.265 amostras de sangue bovino, entre machos e fêmeas, procedentes de diferentes municípios maranhenses e de outras regiões do Brasil, abatidos em dois frigoríficos com Serviço de Inspeção Federal e dois com Serviço de Inspeção Municipal, nas regionais de Açailândia e Imperatriz. As amostras foram testadas para a presença de anticorpos específicos pelos testes do antígeno acidificado tamponado e 2-mercaptoetanol combinado à soroaglutinação lenta (2-ME + SAL). Para realizar o estudo dos fatores de risco, adicionalmente aplicou-se um questionário epidemiológico com 100 proprietários que forneceram animais aos frigoríficos. Foram também coletadas 15 amostras de material de bursite de animais que apresentaram a referida lesão no momento do abate. Do total de amostras analisadas, 39 foram reagentes ao antígeno acidificado tamponado e 15 foram confirmadas no 2-ME + SAL. Apenas um macho foi reagente, o que resultou em prevalência de 1,19%. Das 15 amostras de material de bursites coletadas, uma foi reagente no teste 2-ME + SAL. Os fatores de risco identificados no estudo foram: ocorrência de abortamentos, venda de animais sem exames e não realização de exames que atestem os animais antes da inclusão nos rebanhos para abate. Concluiu-se que a infecção por Brucella abortus em animais abatidos nos frigoríficos avaliados está presente e ocorre com maior frequência em fêmeas.(AU)
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