Pombos de vida livre (Columba livia) e seu potencial como reservatórios de Salmonella sp. e Escherichia coli
Vasconcelos, Ruben HornTeixeira, Régis Siqueira de CastroSilva, Isaac Neto Goes daLopes, Elisângela de SouzaMaciel, William Cardoso
O objetivo deste estudo foi revisar na literatura científica informações sobre os pombos de vida livre (Columba livia) e seu potencial como reservatórios de Salmonella sp. e Escherichia coli. Os pombos, atualmente adaptados ao meio urbano, encontram-se distribuídos por todo o mundo e carreiam micro-organismos patogênicos ao homem e a outros animais, podendo ser um dos responsáveis pela disseminação de bactérias, fungos, vírus e parasitas. Entre esses micro-organismos, a Salmonella é um patógeno que gera grande preocupação para a economia e para a saúde pública mundial, uma vez que cria transtornos para a indústria avícola quando ocorrem a contaminação dos plantéis e, consequentemente, o risco para a saúde humana por conta de surtos de toxi-infecções alimentares causados por essa bactéria. Outra bactéria preocupante para a indústria avícola e para a saúde pública é a Escherichia coli, uma vez que alguns patotipos patogênicos para o homem já foram isolados de pombos de vida livre. O desenvolvimento de infecções por essas bactérias depende de fatores que são codificados por genes de virulência que podem ser encontrados nas ilhas de patogenicidade de cepas patogênicas. Os pombos podem também albergar cepas com carga genética resistente a antibióticos, passíveis de serem transmitidas a outras bactérias e, portanto, de trazer riscos para a saúde pública. Dessa forma, com base nessas informações, conclui-se que os pombos são reservatórios de cepas de Salmonella sp. e Escherichia coli, que podem apresentar elevado potencial de virulência, com altos níveis de resistência antimicrobiana.(AU)
Texto completo