Efeito de defensivos agrícolas sobre larvas de Rhynchophorus palmarum L. (Coleoptera: Curculionidae) em laboratório
Santos, Samara dosSilva Júnior, Valdemir Albuquerque daBroglio, Sonia Maria FortiNegrisoli Junior, Aldomario SantoGuzzo, Elio Cesar
Com o objetivo de desenvolver ferramentas para o manejo simultâneo de Rhynchophorus palmarum e da resinose do coqueiro, avaliou-se o efeito do inseticida tiametoxam e do fungicida ciproconazol sobre larvas de R. palmarum em laboratório. Larvas de ínstares iniciais e intermediários foram alimentadas com dieta artificial contendo 0,1% do inseticida, do fungicida, ou da mistura de ambos. A mortalidade larval foi avaliada diariamente, durante 48 horas, e as médias foram submetidas à análise de variância e comparadas entre si pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). O tiametoxam causou mortalidade de 100% às larvas de ínstares iniciais e de 90% às de intermediários. Em contraste, a mortalidade foi significativamente menor no tratamento ciproconazol (60% para larvas de ínstares iniciais e 0% para as de intermediários) e no controle (0% de mortalidade para ambos). A mistura inseticida/fungicida foi igualmente eficiente (100% para larvas de ínstares iniciais e 86,67% para as de intermediários) ao inseticida sozinho. Diferenças na mortalidade entre as larvas de ínstares iniciais e intermediários foram significativas somente para os tratamentos tiametoxam e ciproconazol. Tais resultados indicam que, nas doses avaliadas, o tiametoxam é tóxico às larvas de ínstares iniciais e intermediários, enquanto o ciproconazol é tóxico somente às de ínstares iniciais. Além disso, o ciproconazol não aumenta a toxicidade do tiametoxam. Larvas de ínstares iniciais são mais sensíveis a tiametoxam e ciproconazol que as de ínstares intermediários. Conclui-se que a mistura tiametoxam + ciproconazol pode ser eficiente no manejo de R. palmarum e de doenças fúngicas associadas a essa praga em coqueiros.(AU)
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