Cinética micelial dos fungos comestíveis Pleurotus ostreatus e Lentinula edodes em resíduos lignocelulósicos.
Sales-Campos, C.Carvalho, C.S.M. deAguiar, L.V.B. deAndrade, M.C.N. de
RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento micelial, em placa de Petri, de dois fungos comestíveis (Pleurotus ostreatus e Lentinula edodes) em seis meios de cultura [(malte-ágar, serragem-dextrose-ágar-marupá (SDA-MA), serragem-dextrose-ágar-cajuí (SDA-CA), serragem-dextrose-ágar-açaí (SDA-AÇA), serragem-dextrose-ágar-banana 50% (BAN 50%) e serragem-dextrose-ágar-banana 100% (BAN 100%)]. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 x 2. Cada tratamento constou de seis repetições, correspondente a uma placa de Petri, totalizando 72 unidades experimentais. Verificou-se que, em todos os meios à base de resíduos, o P. ostreatus apresentou um melhor desenvolvimento micelial (81,00; 64,66; 81,00; 50,16; e 33,33 mm, para SDA-MA, SDA-CA, SDA-AÇA, BAN 50% e BAN 100%, respectivamente) que o L. edodes (32,00; 31,66; 27,66; 37,33; e 21,83 mm, para SDA-MA, SDA-CA, SDA-AÇA, BAN 50% e BAN 100%, respectivamente). Também constatou-se que, para os L. edodes, não houve vantagem, em relação ao crescimento micelial, no uso de meios à base de resíduos comparado ao meio malte-ágar (testemunha), o qual obteve o melhor desempenho (62,17mm). Já para o P. ostreatus, os meios SDA-MA e SDA-AÇA apresentaram as maiores médias de crescimento (81 mm), o que representa um incremento de crescimento de 34% em relação ao meio testemunha (malte-ágar), cujo média de crescimento foi de 60,33mm. Assim, de uma forma geral, os resíduos testados indicam potencial de aproveitamento na fungicultura, especialmente para o cultivo de P. ostreatus.
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