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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS NA TRANSMISSÃO DA LEPTOSPIROSE ENTRE CRIAÇÕES DE OVINOS E BOVINOS DA REGIÃO DE SOROCABA, SP

Escócio, C.Genovez, M.E.Castro, V.Piatti, R.M.Gabriel, F.H.L.Chiebao, D.P.Azevedo, S.S.Vieira, S.R.Chiba, M.

RESUMO Leptospiras excretadas pela urina podem sobreviver por longos períodos em águas de superfície e solos, na dependência do pH e teor de umidade e de matéria orgânica. Investigou-se a influência do meio ambiente na transmissão da leptospirose em dois rebanhos exclusivos de ovinos (A e C) e dois de ovinos consorciados com bovinos (F e H) da região de Sorocaba, SP, no período de dezembro de 2007 a setembro de 2008. Foram examinadas amostras de soro pela reação de soroaglutinação microscópica; de urina, água e solo pelo cultivo para leptospiras e urina de ovinos pela PCR. Condições edafoclimáticas, pH das águas de superfície e solo, granulometria e permeabilidade do solo foram analisadas. Todos os rebanhos apresentaram pelo menos um animal sororeagente para Leptospira spp. Apenas a PCR de um pool de urina de ovinos (H) foi positiva. Leptospira spp. foi isolada do lago de F. O pH das águas de superfície variou entre 6,0-7,0; e nos solos entre 4,5 e 6,8. Os índices de matéria orgânica em A, C e H variaram de 24 a 35 g/dm3, e 63 g/dm3 em F. A composição do solo de A e F mostrou-se franco-argiloarenosa, C argilosa e H franco-siltosa; como texturas mistas são capazes de manter a umidade, principalmente devido a argila. Diante da presença de animais sororeatores e portanto da circulação de Leptospira spp. nos rebanhos, conclui-se que o ciclo de transmissão é dependente da interação sinérgica e antagônica de muitas variáveis; onde o pastejo num habitat com alto teor de umidade parece ser limitante.

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