TOXICIDADE DE PESTICIDAS PARA ADULTOS DE ORIUS INSIDIOSUS (SAY, 1832) (HEMIPTERA: ANTHOCORIDAE)
Albernaz, K.C.Carvalho, G.A.Carvalho, B.F.Souza, J.R. de
RESUMO Predadores do gênero Orius alimentam-se de várias pragas de importância econômica, como tripes, moscas-brancas, afídeos, ácaros, ovos e pequenas lagartas de lepidópteros, contribuindo para sua regulação populacional. Objetivou-se avaliar a toxicidade tópica dos pesticidas (g i.a. 100 L-1 de água) mancozebe (160), clorotalonil (150), lufenurom (15), dicofol (36), bifentrina (2), triazofós (40), metomil (21,5) e acetamipride (6), utilizados em crisântemo, sobre adultos de Orius insidiosus (Say). A aplicação foi realizada por meio de torre de Potter calibrada a 15 lb/pol2, com aplicação de 1,5 ± 0,5 mg de calda/cm2 em adultos do predador com até 48h de idade. A toxicidade dos produtos foi determinada pela porcentagem do efeito total (E%), em função do número de insetos mortos até o oitavo dia após a aplicação dos compostos e da oviposição diária e total até os 15 dias após o período de pré-oviposição os quais foram classificados segundo critérios propostos pela International Organization for Biological Control (IOBC). Com base nos resultados, clorotalonil foi considerado inócuo ao predador (classe 1), enquanto mancozebe e dicofol foram levemente nocivos (classe 2), e lufenurom mostrou-se moderadamente nocivo (classe 3). Os demais produtos, bifentrina, triazofós, metomil e acetamipride foram considerados nocivos (classe 4) ao predador O. insidiosus. Em função da baixa toxicidade de clorotalonil, mancozebe e dicofol, esses compostos podem ser recomendados em programas de manejo visando a conservação dessa espécie de predador.
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